January 20, 2009

Gostar

O que é gostar de alguém? É dizer que se ama porque acha-se que é isso que se sente? O que é o amor verdadeiro? Quando sabemos que amamos alguém?

Estas são algumas das perguntas a que gostariamos de obter resposta mas, sabemos, que nunca nenhum de nós conseguirá responder. E quem diz que consegue, mente.

Quando sentimos algo mais que um simples sentimento de amizade por alguém, diz-se que sentimos um nó no estômago, uma dor de barriga que não existe... Eu também tenho esse nó no estômago e, por incrível que pareça, sabe bem. Faz-nos sentir vivos, faz-nos sentir que não somos aquela "pedra de gelo" que sempre quisemos ser, faz-nos ser "patetas". E digo "patetas" porque não é no sentido literal da palavra.

Quando estamos com alguém que gostamos, o tempo passa a voar. Sentimo-nos protegidos do mundo lá fora. Sentimos que tudo o que sempre quisemos, o que sempre sonhámos, está ali, tão perto de nós. Sentimos que o amor é mil e uma coisas das mais belas que podem passar pela mente racional do ser humano. Mas como é que sabemos que gostamos mesmo de alguém?

Não sabemos. Aquilo que agora parece irrefutavelmente uma certeza, amanhã pode ser uma dúvida e, depois, uma mentira. E esta é a maior prova de que não sabemos quando amamos alguém. Gostar não é o mesmo de amar. Lá porque malta das inglaterras dá o mesmo sentido às palavras, não quer dizer que tenha o mesmo significado em português. Gosta-se muitas vezes. Ama-se, quem sabe, nunca.

Isto é tudo muito giro quando a coisa dá "direito". Quando dá para o torto, é bem pior.

E quando se "mente" para ter algo em troca? Sim, sexo. É muito comum dizer-se "Sabes, eu tenho um sentimento especial por ti..." só porque, a rapariga em questão, tem um rabo que é um mimo. Ou então tem uma microsaia que o aguenta no sitio.

Não vou dizer que devíamos regredir até ao tempo em que se namorava pela janela, mas acho que o "amor" está muito subvalorizado.

Diz-se, também, que já "não se fazem homens como antigamente". É mentira. Fazem-se da mesma maneira, tanto no sentido literal como no sentido abstracto. Os Homens são produtos da sua sociedade. Existe, depois, aqueles que não se regem por essas "regras" sendo os tão apetecidos "principes" encantados que, no fundo, só fazem aquilo que se fazia antigamente. Aquilo que acham correcto.

Uma comparação disto pode ser feita através de um hobbie meu: jogos de computador. Sim, eu sei. É coisa de puto, mas...

Comparando: O homem torna-se o que a sociedade dele quer que ele seja. Não será por eu ser jogador de GTA (Grand Theft Auto - passo a publicidade) ou por jogar Counter-Strike que vou, na "descontra", sair de casa ou ir para uma escola aos tiros, a matar tudo o que me aparece pela frente numa de "rush" - rush é um termo muito utilizado em jogos online que significa "ir à parva".

Nós somos o que queremos ser, porque o queremos ser.

Regards,
Cpt. Hs. Gómez

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