Não sei o que me vai no coração. Não sei mesmo.
Por vezes dou por mim sentado à janela, olhando para o infinito - ou então fico a olhar para o nada... entre o infinito e o nada existe, sem dúvida, uma fronteira muito, muito curta... - pensando, sozinho, como seria a minha vida se existisse alguém ao meu lado.
Pode ser, certamente, um cenário apetecível.
Mas assim posso-me concentrar unicamente naquilo que tenho que fazer. Pessoa que esteja comigo tem que aguentar algumas coisas que, digamos, a maioria não suporta. O facto de eu ter que ficar noites inteiras a trabalhar, ficar horas concentrado sem sequer dirigir uma ou outra palavra a ela, é gostar tanto dela como do computador...
É complicado. Muito complicado.
Mas tenho medo... Tenho medo de me tornar insensívelmente sensível - dizem que já o sou, sem sequer saberem muito bem o que isso é...
Ser insensívelmente sensível é, usando uma metáfora - no mínimo, estúpida -, ser um fogo congelado. É ser sensível mas, por fora - e ao olhar de todos -, é ser insensível, uma pessoa sem sentimentos. Uma máquina.
Ao termos desgostos, desilusões, criamos um mecanismo de autodefesa. Que não é necessariamente bom, nem necessariamente mau.
Ficamos mais "de pé atrás" com as coisas novas. Quando algo começa a querer evoluir, nós começamos a torcer o nariz.
É preciso alguém especial para fazer mudar isso e, quem sabe, se essa pessoa especial não está ali ao virar da esquina...
Regards,
Cpt. Hs. Gómez
January 31, 2009
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Acredita que ás vezes essa pessoa está mesmo pertinho de nós. E se realmente ela for a pessoa certa, gostar realmente de ti, irá aceitar-te tal como és. :)
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